sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Aniversário de São Félix

São Félix, a Cidade Presépio, irmã simaesa de Cachoeira, unidas pela histórica Ponte D. Pedro II que repousa há 128 anos sobre o Rio Paraguaçu, completa na próxima quinta-feira, dia 25 de outubro 117 anos de Emancipação Política e Administrativa. A data da maioridade da antiga Vila de São Félix, será festejada pela Câmara de Vereadores com a realização de sessão solene às 10 horas, tendo como orador Antônio Luiz Almeida da Silva. Antes, porém, os sanfelistas vão render graças ao Senhor São Félix em seu templo às 10 horas, por tão importante comemoração. À frente da organização da programação o vereador Argeu Souza Silva, presidente da Câmara de Vereadores. No auge das atividades fumageiras no Recôncavo da Bahia, São Félix sediava importantes fábricas e mantinha ligações direta com a Europa. O primeiro prefeito do município recém-criado, foi o empresário alemão Geraldo Dannemann, fundador da Fábrica de Charutos Dannemann. Antes de ser eleito pelo voto, Geraldo Dannemann assumiu o cargo de intendente de São Félix. Nos tempos áureos da economia fumageira e do intenso comércio de secos e molhados que abastecia todo sertão baiano, São Félix atraiu um significativo número de estrangeiros. Além dos alemãs, moraram na cidade franceses, ingleses e austríacos. O declínio da economia fumageira e a mudança dos meios de transportes dos navios e dos trens para as rodovias, São Félix, assim como outras cidades do Recôncavo sofreram graves consequências.
Mas São Félix continua de pé resistindo como um pedacinho da Bahia que escreveu a história do Brasil. Não há mais as fábricas pujantes de charutos como antigamente. Na majestosa Estação Ferroviária, construída em estilo arquitetôncio inglês, já não se ouve o burburinho dos chegam e dos que partem cheios de sonhos e mercadorias. Agora só os comboios da Ferrovia Centro Atlântica carregados de produtos químicos, minérios e outras cargas, cortam a cidade, indiferentes aos sentimentos dos sanfelistas.
A vida continua pulsando, ainda que em ritmo desacelerado. A Filarmônica União Sanfelista é um orgulho do povo de lá. É ela que executa com emoção o Hino ao Dois de Julho, todos anos na data em que todos os baianos exaltam os heróis de 1822 e 1823. A São Félix dos dias de hoje briga pela qualidade de vida de seu povo. A Santa Casa de Misericórdia faz parte desta história.
Das lições da Santa Casa foi sendo construído um modelo de saúde pública que é considerado atualmente referência para outros municípios. Em São Felix, a saúde está presente em todos as atividades dos cidadãos e da gestão municipal. Saúde e cidadania caminham juntas em São Félix.
Parabéns São Félix!