quinta-feira, 27 de maio de 2010

Cachoeira festeja 188 de independência





A histórica cidade de Cachoeira, a 110 km da capital, dá início nesta terça-feira, 1º de junho, as festividades pelos 188 anos de sua independência de Portugal. As comemorações em Cachoeira também marcam a abertura das celebrações em homenagem ao Dois de Julho no Recôncavo Baiano. Até o Dois de Julho, acontecem várias atividades cívicas para comemorar o 25 de junho, a Data Magna de Cachoeira e a Independência da Bahia.

As festividades desta terça-feira começam às 19h30min, em frente o prédio da Câmara de Vereadores, com a tradicional levada dos mastros por autoridades e populares, para os bairros do Caquende e Ponta da Calçada, com a participação centenária filarmônica Lyra Ceciliana. Os mastros carregados pelos vereadores e pelo prefeito Fernando Antônio da Silva Pereira (PMDB) serão fincados nesses dois locais e ali permanecerão até o final das comemorações da Independência de Cachoeira.

O presidente da Câmara de Vereadores Carlos Menezes Pereira (PMDB) explica que o ato cívico da levada dos mastros, “simboliza a delimitação do território livre de Cachoeira do jugo de Portugal, após a proclamação pela Câmara de Vereadores de Cachoeira do príncipe D. Pedro como Regente Perpétuo do Brasil, há 188 anos no dia 25 de junho de 1822”.

“Homens, mulheres e crianças costumam acompanhar o cortejo junto com as autoridades demonstrando sentimento cívico e o orgulho por ter acontecido em Cachoeira, a primeira batalha pela Independência da Bahia”, acrescenta Carlos Pereira.

“Nós, cachoeiranos, festejamos a vitória que a resistência da população conquistou contra as investidas de uma canhoneira lusitana fundeada no Rio Paraguaçu por vários dias, cuja tropa tinha a missão de acabar com o movimento pela libertação da Bahia que agitaram Cachoeira naquele junho de 1822”, orgulha-se o escultor Fory, que desde criança participa de todos os atos em homenagem à Independência de Cachoeira.

A programação cívica que começa nesta terça-feira relembra os atos heróicos dos cachoeiranos que em 1822 enfrentaram, com armas, os soldados portugueses comandados pelo general Madeira de Melo, que tentava sufocar o movimento insurrecional instalado na então Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira, contra a ocupação dos portugueses. Considerada como a mais importante Vila da Bahia daquela época, Cachoeira foi sede das forças revolucionárias que lutaram pela Independência da Bahia.
Pelos feitos heróicos de seu povo, o Imperador D. Pedro I, em 1837, elevou a antiga Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira, à categoria de cidade com a denominação de Heróica Cidade da Cachoeira. Em reconhecimento a importante participação dos cachoeiranos nas lutas pela independência da Bahia, o governo do estado é transferido simbolicamente para Cachoeira no dia 25 de junho.