quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Justiça manda Gevaldo Simões retirar propaganda caluniosa

A juíza da  118ª zona eleitoral de Cachoeira, Janaína Medeiros, concedeu liminar retirando a veiculção de mensagem no carro de som do candidato a prefeito Gevaldo Simões(PT), acusando de mentirosa a pesquisa  realizada para a sucessão municipal que aponta o candidato da situação Carlos Pereira(PP) à frente do petista com 26 pontos percentuais na corrida pela sucessão municipal. No mesmo anúncio que o candidato  Gevaldo Simões foi obrigado pela Justiça a retirar do carro de som, também continha outra falsa informação, dando conta de que a Justiça havia impedido a divulgação de outra pesquisa na qual Carlos Pereira(PP) aparece com 30 pontos percentuais à frente do petista. A Coligação Cachoeira no Caminho Certo, composta pelos partidos PRB/PP/PDT/PSL/PTN/PR/PSDC/PTC/PSB/PRP/PC do B/PT do B, através do advogado Igo Vinícius Oliveira ingressou na Justiça Eleitoral com representação contra Gevaldo Simões (PT) e a Coligação Por Amor a Cachoeira com pedido de direito de resposta.

Abaixo as pesquisas eleitorais devidamente registradas no TRE/BA  que teriam motivado os ataques do candidato da oposição à candidatura de Carlos Pereira.

Leia os números  da segunda sondagem das intenções de votos do eleitorado cachoeirano:

Carlos Pereira(PP): 57,48
Gevaldo Simões(PT): 27,09
Carlinhos Gomes(PSC): 0,00%
 Votos brancos:3,15%
Indecisos: 11,65%
Não opinou: 0,83%

Pesquisa eleitoral realizada nos dias 10 e 11 de setembro de 2012, registrada no TRE/BA Nº 00151/2012, empresa responsável Seculus Análise e Pesquisa de Opinião LTDA.


Na semana passada foi divulgada a primeira pesquisa realizada em Cachoeira para prefeito registrada no Tribunal Regional Eleitoral/BA sob o nº  BA-00127/2012, na qual o candidato  Carlos Pereira(PP), aparece na primeira colocação da preferência do eleitorado cachoeirano com 55,7% dos votos válidos. O que representa, que a se a eleição fosse hoje, o candidato Carlos Pereira venceria o pleito com 6. 315 votos de diferença.
Em segundo lugar, aparece o candidato Gevaldo Simões(PT) com 29,0%. O candidato Carlinhos Gomes (PSC) pontuou com 0,8%.  Enquanto 3,3% não responderam à consulta , 10,4% dos pesquisados afirmaram que ainda é cedo para decidir. Dos eleitores consultados, 0,8% disseram que não votariam em  nenhum dos três candidatos.  A  pesquisa  foi realizada pelo Instituto Compasso Consultoria Empresarial e Governamental LTDA

Fala, fala, fala, conta tudo!

Deu na coluna de Dora Kramer

Familiares de Cristiano Paz, sócio de Marcos Valério e como ele já condenado por vários crimes, pressionam para que fale o que sabe.

Andam compartilhando com amigos em Minas o temor e a revolta diante da possibilidade de os políticos beneficiários do esquema saírem livres ou receberem penas muito mais brandas que as imputadas ao chamado núcleo operacional.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Cai, cai, cai, cai...


Babado forte!



Pertence renuncia à presidência da Comissão de Ética da República

Sem dizer as razões, Sepúlveda Pertence oficializou decisão após dar posse a três novos integrantes


Lisandra Paraguassu, Agência Estado
O presidente da Comissão de Ética da Presidência da República, Sepúlveda Pertence, renunciou ao cargo nesta segunda-feira, 24, sem dizer o motivo. "Acabo de encaminhar minha renúncia como membro e presidente do Comissão de Ética da Presidência. O quórum está restabelecido e tenho certeza de que a comissão continuará sensível a essa missão que, às vezes, é mal compreendida, mas gratificante", disse.
Pertence nega que tenha algum motivo predominante para sua saída, mas fala que houve uma mudança radical na comissão e lamentou que os conselheiros Marília Muricy e Fábio Coutinho, indicados por ele, não tenham sido reconduzidos.
A comissão agora está com quatro membros e pode funcionar, já que este quórum é o mínimo permitido para a atuação do colegiado. Nesta segunda, antes de pedir renúncia, Sepúlveda Pertence deu posse a três integrantes indicados pela presidente Dilma. Esta foi a última reunião de Pertence na comissão.


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Carlos Pereira participa de manfestação no povoado do Tabuleiro


O candidato a prefeito do município de Cachoeira Carlos Pereira participou ontem de caminhada  no povoado do Tabuleiro, na zona rural de Cachoeira. Milhares de pessoas prestigiaram o evento político que contou com a presença do  candidato a vice Wilson Lago, do atual prefeito de Tato Pereira, lideranças comunitárias e candiatos a vereador.

Nova pesquisa aponta crescimento do candidato Carlos Pereira

Devidamente registrada no Tribunal Regional Eleitoral/BA, a mais nova pesquisa sobre a corrida da sucessão municipal em Cachoeira aponta o crescimento do candidato Carlos Pereira(PP) com 30 pontos de  diferença do segundo colocado Gevaldo Simões(PT). A divulgação dos números da segunda pesquisa registrada no TRE foi autorizada pela juíza da 118ª zona eleitoral, Janaína Medeiros Braga.
 A divulgação da primeira pesquisa eleitoral para a sucessão municipal na semana passada  provocou, por parte da oposição, uma série de  pesados ataques e ofensas a candidatura de Carlos Pereira. Os advogados da coligação Cachoeira no Caminho Certo já acionaram a Justiça Eleitoral.

Leia os números  da segunda sondagem das intenções de votos do eleitorado cachoeirano:

Carlos Pereira(PP): 57,48
Gevaldo Simões(PT): 27,09
Carlinhos Gomes(PSC): 0,00%
 Votos brancos:3,15%
Indecisos: 11,65%
Não opinou: 0,83%

Pesquisa eleitoral realizada nos dias 10 e 11 de setembro de 2012, registrada no TRE/BA Nº 00151/2012, empresa responsável Seculus Análise e Pesquisa de Opinião LTDA.


Na semana passada foi divulgada a primeira pesquisa realizada em Cachoeira para prefeito registrada no Tribunal Regional Eleitoral/BA sob o nº  BA-00127/2012, na qual o candidato  Carlos Pereira(PP), aparece na primeira colocação da preferência do eleitorado cachoeirano com 55,7% dos votos válidos. O que representa, que a se a eleição fosse hoje, o candidato Carlos Pereira venceria o pleito com 6. 315 votos de diferença.
Em segundo lugar, aparece o candidato Gevaldo Simões(PT) com 29,0%. O candidato Carlinhos Gomes (PSC) pontuou com 0,8%.  Enquanto 3,3% não responderam à consulta , 10,4% dos pesquisados afirmaram que ainda é cedo para decidir. Dos eleitores consultados, 0,8% disseram que não votariam em  nenhum dos três candidatos.  A  pesquisa  foi realizada pelo Instituto Compasso Consultoria Empresarial e Governamental LTDA

Desliguem as câmeras no STF já!


24 de Setembro de 2012 01:13

GUILHERME FIUZA

O julgamento do mensalão está pondo a democracia em risco, porque está todo mundo vendo. O alerta do secretário de comunicação do PT, André Vargas, deputado pelo Paraná, é preocupante. Ele denuncia as transmissões ao vivo do Supremo Tribunal Federal como um perigo para as instituições, as pessoas e os partidos. Esse negócio de ficar mostrando as coisas como elas são, na hora em que acontecem, ainda vai dar problema.

Tudo era muito melhor antes de Roberto Jefferson abrir a janela e deixar a luz entrar. Na penumbra, sem ninguém de fora ver nada, a democracia estava mais protegida. Os negócios patrióticos que corriam de lá para cá pelo valerioduto teriam prosperado, e certamente haveriam pulado da casa dos milhões para a dos bilhões. No que a TV mostrou e a imprensa publicou, aquele promissor projeto nacional escorreu pelo ralo. Um prejuízo incalculável.

André Vargas diz que o julgamento no STF virou “quase um Big Brother da Justiça”. Com a habilidade de comunicador que fatalmente tem um secretário de comunicação, ele sugere que aquilo que se passa na corte suprema do país é uma palhaçada. Sua imagem nos permite imaginar que, a qualquer momento, os juízes tirarão suas capas e mergulharão de sunga na piscina, exibindo seus músculos, seus planos para a festinha de logo mais e suas intrigas para jogar o colega ao lado no paredão.

Continue lendo esta coluna na edição de ÉPOCA que está nas bancas e também no seu tablet (baixe o aplicativo)

GUILHERME FIUZA é jornalista. Publicou os livros Meu nome não é Johnny, que deu origem ao filme, 3.000 dias no bunker e Amazônia, 20º andar. Escreve quinzenalmente em ÉPOCA gfiuza@edglobo.com.br

Pressão do governo forçou mudança no comando da Rede Globo

o forçou mudança no comando da Rede Globo

JORGE SERRÃO (Jornal da Mídia)

O executivo Octávio Florisbal será substituído da Direção-Geral da Rede Globo porque cansou de suportar as pressões diretas e indiretas do governo, sempre que o jornalismo da emissora detonava matérias negativas contra os esquemas petralhas e de seus aliados.
Alegando que a maior rede de televisão do País não pode aceitar se submeter à censura, Florisbal pediu aos irmãos Roberto Irineu e João Roberto Marinho para sair do cargo que será ocupado por alguém com sangue mais frio para suportar tentativas constantes de ingerências políticas: o jornalista Carlos Henrique Schroder – atual diretor-geral de Jornalismo e Esportes.
A versão de que a família Marinho preferiu se blindar contra as armações político-econômicas dos petralhas no poder vazou entre conversas de lobistas que trabalham para importantes afiliadas da Rede Globo. Os irmãos Marinho aceitaram a troca de Florisbal por Schroder porque as pressões sobre a Globo aumentaram, de forma insuportável, depois que o julgamento do Mensalão no STF ganhou os impensáveis desfechos de condenação para os principais réus políticos.
Dirigentes globais foram “desaconselhados” por “emissários do governo” a não tentarem uma entrevista exclusiva com o publicitário Marcos Valério. Muito menos a Globo deveria cogitar de comprar e veicular o conteúdo das tais quatro bombásticas fitas que Valério teria mandado um famoso cineasta gravar e editar para comprometer o ex-presidente Lula da Silva e a cúpula do PT com os mafiosos esquemas do Mensalão.
O comando das Orgnizações Globo preferiu acreditar nas ameaças e anunciou, depressa, a programada e futura substituição de Florisbal por Schroder. O ex-diretor-geral – que cansou de sofrer pressões – acabou “promovido” para um cargo no novo conselho da emissora, cujos sócios são os herdeiros do falecido Roberto Marinho.
Bronca maior – Além de neutralizar a televisão Globo, a máquina de censura petralha gostaria muito de atingir três jornalistas que operam a contra-ofensiva da família Marinho no jornal O Globo.
Merval Pereira, Ricardo Noblat e Miriam Leitão – que publicam artigos mais contundentes contra os esquemas mafiosos no governo federal – são os alvos preferenciais da petralhada.
Se a pressão sobre os controladores da Globo aumentar e se tornar insuportável, pode sobrar alguma malvadeza contra um dos três.
Tudo dominado – Reportagem do Valor Econômico desta segunda-feira antecipa a tese jurídica que será usada para condenar o famoso consultor de empresas José Dirceu de Oliveira e Silva no julgamento do Mensalão no Supremo Tribunal Federal.
Será a “Teoria do Domínio do Fato” – muito usada entre juristas da Europa para combater crimes econômicos, principalmente aqueles com ares mafiosos.
A tese do Domínio do Fato atribui responsabilidade penal a quem pertence ao comando de um grupo criminoso e que ordena aas ações sem “sujar as mãos” direta e operacionalmente com a prática da ação criminosa propriamente dita.
Se a tese pegar, é bom que o chefão acima de Dirceu comece a ficar mais preocupado ainda… (Alerta Total)

sábado, 22 de setembro de 2012

FEBEAPÁ NO REINADO DOS PETRLHAS

Fora do prumo // (Editorial) O Globo Padece de...
José Valverde Valverde 22 de Setembro de 2012 10:59
Fora do prumo // (Editorial) O Globo

Padece de grave autismo, de distância absoluta da realidade, a nota de partidos da base governamental que fareja golpe da oposição nos rumos que toma o julgamento do mensalão pelo Supremo.


Relacionar as condenações lavradas até agora pelo STF ao suicídio de Getúlio e à queda de Jango inscreve a nota no melhor do Febeapá, sigla de “Festival de Besteiras que Assola o País”, criado por Stanislaw Ponte Preta.


Ora, a Corte, que já concordou com a denúncia do MP de que houve desvio de dinheiro público e fraude financeira na alimentação do valerioduto, tem a maioria composta por ministros indicados por governos do PT (Lula e Dilma). Age, portanto, e assim deve ser, como legítimo organismo de Estado.


Em vez de “golpe”, o Supremo está é contribuindo para fortalecer a democracia. Se o truque de enxergar atentados ao estado de direito em revelações de mazelas de facções petistas só enganava militantes, agora, tentar a mágica, enquanto o Supremo faz, ao vivo, a autópsia do mensalão, ficou ainda mais delirante.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Carapuça de petralha





“Ninguém pode usar uma máscara por muito tempo: o fingimento retorna rápido à sua própria natureza.” (Sêneca)

Modelo falido





O debate ontem entre senadores do PT e do PSDB sobre o mensalão é bastante representativo do nível baixo de nossa política atual. Não tendo mais como defender seu partido, o PT, dos crimes que estão sendo provados sessão após sessão no julgamento do Supremo Tribunal Federal, o senador do Acre Jorge Vianna resolveu atribuir ao PSDB a origem do esquema criminoso, alegando que os petistas foram “alunos mal aplicados” que tentaram repetir “o modelo profissional do PSDB e do PFL”.
O líder do PSDB, senador Álvaro Dias saiu-se bem de início, defendendo que “se o PT sabia do episódio de 1998 em Minas Gerais, deveria ter denunciado ao invés de repetir o modelo cinco anos depois”. Mas depois se perdeu na tentativa de tapar o sol com a peneira, alegando que desconhecia o tal “mensalão mineiro”.
É o roto falando do esfarrapado.
A atitude do senador Jorge Vianna reflete a repercussão, nas eleições municipais, do julgamento do mensalão, especialmente nas capitais, inclusive em Rio Branco.
O PT vem encontrando dificuldades nos grandes centros, onde a opinião pública é mais interessada em questões que dizem respeito a valores e comportamentos, e tenta levar consigo o PSDB. Enquanto isso, o que está em julgamento pelo STF são nossos hábitos e costumes.
Os políticos acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do mensalão têm chances reais de serem condenados, a persistirem os critérios já utilizados pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal nas sessões anteriores.
Há um entendimento majoritário no STF de que a corrupção passiva acontece quando existe a possibilidade de utilização do cargo para recebimento de pagamentos indevidos, até mesmo que não se realize o ato corrupto.
Os saques na boca do caixa do Banco Rural foram comprovados por uma contabilidade paralela descoberta pela Polícia Federal, e todos os políticos já admitiram ter recebido o dinheiro através de pagamentos autorizados pelo lobista Marcos Valério.
A alegação de todos é que se tratava de combinação partidária para pagamentos de gastos de campanha eleitoral, mas a maioria dos ministros já firmou a ideia de que não importa a destinação que o corrupto dá ao dinheiro que recebeu, mas o fato de ter recebido.
Com isso, o álibi de que o dinheiro era caixa 2 de campanha política, um crime eleitoral menos grave, foi por água abaixo, ficando caracterizado apenas a corrupção ativa.
Por outro lado, a maioria do Supremo já se acertou sobre o crime de lavagem de dinheiro, que era muito polêmico no plenário a ponto de o deputado João Paulo Cunha ter sido condenado por 6 a 5.
Com a saída do ministro Cezar Peluso, ficou majoritária com folga a tese de que a lavagem é crime autônomo, e não parte da corrupção passiva como entendem alguns ministros.
Por uma maioria agora de 6 a 4, os ministros entendem que a tentativa de esconder o dinheiro recebido indevidamente caracteriza o crime de lavagem de dinheiro, deixando em minoria a ministra Rosa Weber, que defende a tese de que esconder o dinheiro é parte da corrupção passiva. Com isso, haveria um crime a menos para se imputar aos réus, o que abrandaria a pena final a ser aplicada.
No caso dos políticos, a maioria enviou assessores ou contínuos ao banco para a retirada do dinheiro, o que caracterizaria mais facilmente o crime de lavagem de dinheiro.
O rigor com que os ministros do Supremo Tribunal Federal estão tratando os crimes do caso do mensalão petista deve se refletir nos julgamentos das instâncias inferiores, onde tramitam diversos processos ligados ao mensalão, com acusados sem foro privilegiado. E também aos demais processos ligados a outras questões políticas, como o mensalão do PSDB de Minas.
O que estamos vendo no julgamento do STF sobre o mensalão petista demonstra ser o início de um processo punitivo que pode passar a limpo o sistema partidário brasileiro, um modelo falido, abrindo caminho para novos tempos, se não mais virtuosos, menos permissivos com hábitos já enraizados na política brasileira. A guerra paulista
Há indicações de que nem Serra nem Haddad estão conseguindo mudar de posição na disputa de quem vai para o segundo turno, enquanto a zebra Russomano continua em ascensão. As próximas pesquisas devem mostrá-lo abrindo vantagem em relação aos candidatos empatados tecnicamente em segundo lugar, o que sugere que nos dias que antecedem o primeiro turno a carga contra o candidato do PRB será intensificada tanto por PSDB quanto por PT, na luta particular de quem vai com Russomano para o segundo turno, provavelmente para perder, segundo as pesquisas de opinião. Mas segundo turno é uma outra eleição, dizem os políticos...

OI!


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Dedinho de humor no reinado dos mensaleiros petralhas



Duas caras: a mais completa definição do petê



               


Matrioska // por Rodrigo Constantino (O Globo)

“Ninguém pode usar uma máscara por muito tempo: o fingimento retorna rápido à sua própria natureza.” (Sêneca)

Ganhei de presente uma daquelas bonecas russas que é a cara da presidente Dilma. Não seria minha escolha natural, mas não havia como trocar, então fui tentar apreciá-la. A impressão inicial que ela causou foi a de firmeza, alguém com bastante autoconfiança. Uma boa gestora, enfim.

Resolvi ver se tinha algo por trás daquela imagem, e qual não foi minha surpresa ao descobrir que era apenas uma camada superficial e oca! A presidente jamais tinha gerido coisa alguma com eficiência para colocar no currículo, só uma loja de produtos baratos que foi à falência. Mas nem tudo estava perdido.

A nova imagem que me saltava aos olhos era a de uma resoluta faxineira da ética. Agora sim, pensei, essa mulher corajosa vai bater de frente com todos os corruptos que circulam em volta do governo como moscas ao redor do mel.

Doce ilusão. Era apenas mais uma camada oca. Lembrei de que Erenice Guerra, ex-braço direito de Dilma e acusada de nepotismo, estava lá, bem ao lado da presidente, no dia de sua posse.

Todos os ministros (escolhidos por Dilma) que saíram no começo de seu mandato por escândalos de corrupção foram expostos pela imprensa. Não havia um combate ativo à corrupção por parte do governo.

Desiludido, arranquei mais esta camada fora, e consegui esboçar um sorriso. A nova figura tinha pinta de que, se não faria uma faxina ética, ao menos não iria compactuar com o fisiologismo de seu antecessor.

A empolgação durou pouco. Um bispo que só entende de fisgar crentes foi apontado como ministro da Pesca, e uma sexóloga “progressista”, ícone da tal esquerda caviar, foi brindada com o Ministério da Cultura em troca de apoio ao candidato a prefeito em São Paulo. Toma lá da cá, como sempre.

As camadas ocas iam sendo retiradas como uma cebola descascada, e lágrimas de desapontamento surgiam em meus olhos.

Mas pude vislumbrar na nova face uma ponta de esperança: aquela era a imagem de alguém disposta a enfrentar os grandes desafios para colocar nossa economia na rota do crescimento sustentável.

Esperei, em vão, pelas reformas estruturais, como a previdenciária, a trabalhista e a tributária. Nada. Parecia que o único instrumento conhecido pela presidente era o estímulo ao consumo por meio do crédito público. Trata-se de um modelo esgotado, pois o endividamento das famílias chegou ao seu limite. Resultado: crescimento medíocre, inflação elevada.

Triste, joguei fora esta camada, mas vi que talvez nem tudo estivesse perdido. Privatização! Era o que aquela nova imagem irradiava para a alegria de todos aqueles cansados da incompetência e da roubalheira nas estatais. Finalmente, comemorei. Antes tarde do que nunca! Mas o diabo está nos detalhes...

Dilma é do PT, e privatização não combina com o petismo. Fizeram tudo de forma acanhada, envergonhada e, portanto, repleta de equívocos.

O intervencionismo estatal ainda estaria presente em demasia, no financiamento, na regulação, na limitação do retorno ao investimento, na garantia de compras do que não tivesse demanda no setor privado. Enfim, uma onda de privatização com ares de estatização.

Com visível mau humor, tirei fora mais esta camada e me lembrei da caixa de Pandora: a esperança é a última que morre. Lá estava um rosto impávido, que passava a determinação de quem não teme enfrentar as máfias sindicais e os marajás do setor público.

Greves daqueles que já ganham bem mais que os trabalhadores da iniciativa privada e gozam de inúmeros privilégios, como estabilidade de emprego e auxílios até não poder mais? Nem pensar! Thatcher iria se incorporar em Dilma e desafiar essa gente que transformou o povo em refém.

A esperança pode ser a última que morre, mas ela também é mortal. O governo sucumbiu e os grevistas ganharam bons aumentos de salário, indexando sua renda à inflação que o próprio setor público produz com seus gastos excessivos.

Os gastos públicos sobem sem parar desde que o PT assumiu o poder. É a principal causa do tal Custo Brasil: falta dinheiro para investimento, impede redução dos impostos e pressiona a taxa de juros.

Melancólico, retirei feito um autômato aquela que parecia a última camada da minha matrioska. Que susto!

Confesso que tive até de pegar uma lupa para verificar se meus olhos não me traíam. Aquela pequena boneca não se parecia mais com a presidente Dilma. Olhei bem perto para confirmar: era a cara do ex-presidente Lula! Embaixo, em letras minúsculas, estava escrito: “Made in Russia.”



Rodrigo Constantino é economista

ÓTIMO DIA!


terça-feira, 18 de setembro de 2012

PIADINHA GLOBALIZADA KKKKKKKKK



17 de Setembro de 2012 20:15
ADMINISTRAÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA JÁ É CHACOTA
‘Financial Times’: PIB do Brasil entra no território da ‘piada’


Em junho, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a previsão de crescimento do PIB (produto interno bruto) brasileiro de apenas 1,5% feita pelo banco Credit Suisse era uma “piada“.

Agora que metade das projeções das instituições financeiras aponta uma expansão de 1,57% ou menos da economia neste ano, o jornalista Jonathan Wheatley, do Financial Times, aproveitou a oportunidade para fazer a sua própria graça.

Ele publicou artigo publicado no blog BeyondBrics com o título: “PIB do Brasil entra no território da piada”.

Wheatley lembra que o ministro chegou a projetar uma expansão de 4% para a economia brasileira neste ano, mas recentemente baixou a estimativa para 2,5%.

“Com as atuais condições da economia global, é difícil para qualquer país conseguir uma melhora na produção industrial. Mas outras economias da América Latina – Chile, Peru e México – estão crescendo mais rápido do que o Brasil, em parte por causa de políticas mais abertas e menos protecionistas. A relutância do Brasil em seguir esse caminho está começando a mostrar que tem um custo”, opina o jornalista.